Aparência e relações sociais

Por que nos preocupamos tanto com a aparência?
Entenda por que a aparência é importante para as relações sociais.

Por Priscila Muniz

O comportamento humano tem sido objeto de estudo de diversas áreas, incluindo a filosofia, psicologia, marketing, PNL e até mesmo a própria medicina. Daniel Goleman, psicólogo renomado e autor de diversos best-sellers, entre eles o mundialmente reconhecido “Inteligência Emocional”, cita que os modelos mentais, que são as maneiras pelos quais os seres humanos organizam e dão sentido às suas experiências, são definidos pelos pressupostos da biologia, linguagem, cultura e experiência pessoal.

E se o conjunto de quem somos e o que vivemos constituem a nossa forma de perceber o mundo e as nossas relações, a percepção sensorial (que para as neurociências é a atribuição de significado a experiências à partir de estímulos sensoriais – visão, audição, etc) possui grande influência no nosso julgamento à respeito das coisas e das pessoas e na formação de nossas opiniões, que posteriormente serão organizadas e assimiladas para construção de modelos mentais.

Estudos do pesquisador Nicholas Rule da Universidade de Toronto apontam que o ser humano leva uma fração de segundos para formar a primeira impressão a respeito das pessoas e das coisas. Quanto menos tempo temos para julgar o que estamos vendo, mais propensos ficamos a confiar nos nossos instintos, agindo de acordo com nossa própria percepção para tomada de decisão.

Se o julgamento inicialmente é baseado na aparência, sua imagem pessoal pode te proporcionar excelentes oportunidades ou minar possibilidades, dependendo da forma como você se apresenta. A percepção acaba sendo a interpretação por parte do indivíduo do que foi captado pelos sentidos. É um processo que pode ser influenciado por fatores fisiológicos e psicológicos, tanto quanto por questões externas como aspectos culturais e sociais, ou seja, é muito influenciada pela cultura. E no nosso meio, a imagem e a apresentação pessoal possuem valor significativo nas relações.

Com todas estas informações, podemos analisar aquele antigo ditado que diz: uma imagem vale mais que mil palavras e compreender como a sabedoria popular chegou a esse veredito. Quando iniciamos uma conversa pela primeira vez, seja em uma reunião de negócios ou até mesmo um bate-papo no café, estamos sendo julgados e julgando o tempo todo, baseados na percepção sensorial e no senso estético, ou seja, na aparência. A filosofia, inclusive, tem um ramo cujo objetivo é estudar a natureza, a beleza e a arte, chamado Estética. Nosso cérebro é atraído pelo belo que, entendido em sua objetividade, vai estar relacionado com as proporções, formas e harmonia das representações da natureza.

O nosso cérebro, por exemplo, intuitivamente se sente atraído e deposita credibilidade em pessoas com maior simetria facial. Isso significa que, de acordo com cientistas, aqueles considerados mais atraentes, tendem a ter ambos os lados de seus rostos em estreita correspondência.

Em outras palavras, a imagem que você transmite pode dizer muito sobre você, além de ajudar as pessoas a formarem opinião a seu respeito. A Robert Half, uma empresa global em consultoria de RH, realizou uma pesquisa e, no Brasil, das quase duas mil pessoas entrevistadas, 22% dos participantes disseram que uma boa aparência influencia bastante, enquanto para 45% influencia significativamente e 41% afirmaram que influencia pelo menos um pouco.

Por isso é importante cuidar de sua imagem, seja ela qual for que gostaria de transmitir, pois você não terá uma segunda oportunidade de causar uma boa primeira impressão. Agende uma consulta e entenda o que você pode fazer para usar sua imagem a seu favor. Procurar entender quais são os pontos que te impedem ou atrapalham alcançar seus objetivos, e procurar profissionais competentes para te apoiar nesta jornada, podem contribuir imensamente para seu crescimento profissional e qualidade de vida.